1. Qual motivação o levou a aceitar a presidência do Bloco Caricato Presidiários Anônimos e como aconteceu?
Entrei para o Bloco dos Presidiários em 1995 e em 1996 já estava acompanhando o presidente Barrão com os trabalhos do bloco para a festa de 10 anos. Depois o Tiago assumiu a presidencia e eu tentava ajudar da forma que dava, nessa época tinhamos o churrasco no campo do Piedense e foi lá que me lançaram como presidente. O nosso querido Zé Helder lançou o meu nome, e depois de muita zuação da galera para deixar o Zé bravo eu aceitei a presidência dos presidiários, fui presidente na gestão 2003/2004. Aceitei a presidencia porque me identifico com este bloco, porque gosto de sentir a euforia da concentração lá no Branca, gosto de entrar na avenida vestido de presidiário. O desfile na segunda feira de carnaval é uma emoção que faz a gente sentir arrepios, nao por sermos melhores ou piores, mas simplesmente por sermos presidiários anônimos sem preconceito.
2. Qual o maior desafio durante a sua gestão e a maior recompensa?
Quando fui presidente havia dois grandes desafios, fazer o churrasco no campo do Piedense e descer o Rosário na segunda feira. Tentei com a ajuda do Juliano e do Tiago fazer o melhor possível, no churrasco não faltar bebida e acho que não faltou. No fim bebemos umas três cervejas sem alcool que sobraram no freezer e fomos para a rua muito empolgados, alguns dizem que foram elas as responsáveis pelo grau.
Na segunda feira, o desafio era chegar na avenida sem problemas. Ja havia a preocupação do conselho tutelar, por isso conversei com o representante e com a PM pedindo apoio e tudo deu certo. Descemos o Rosário sem preconceito e chegamos na avenida sempre na mesma empolgação, é claro que sempre alguem ficava pelo caminho, mas em boas mãos...
A recompensa é ver os presidiários reunidos, é sentir a bateria, é tomar uma cachacinha da padiola. E fazer a segunda feira de carnaval de Piedade diferente.
3. Conte uma boa passagem do saudoso presidente de honra, Zé Helder.
Nosso saudoso Zé Helder era e sempre será a alma do nosso bloco, não tinha como olhar para ele sem pensar em presidiários anônimos. Quando ele me lançou como presidiário o Barrão ficou zuando dizendo que iria lançar outro candidato, isso aconteceu no churrasco no Piedense, o Zé ficou bravo demais e demos muitas risadas. No dia, ele dizia irritado que não iria aceitar aquilo e que eu iria ser presidente de qualquer maneira, e acabei sendo. Fora isso, ele sempre brilhou nos batizados, sempre mostrou sua força e alma presidiana. No fim, lembro de sua entrevista no blog, dizendo que não queria fazer apologia ao alcool, quem o via de fora pode até pensar que é bobeira, mas para quem o conhecia isso significa muito, porque na verdade ele queria dizer que para ser presidiários anônimos não precisa de álcool, precisa de paixão.
4. Como você enxerga o bloco atualmente e como imagina seu futuro?
5. Qual a sua sensação ao ver o Bloco Caricato Presidiários Anônimos completar 25 carnavais?
Nenhum comentário:
Postar um comentário