Ser Presidiário é...

Não consigo combinar palavras capazes de traduzir a essência desta nação... Eu poderia usar a definição do dicionário (nação s. f. 1. Conjunto de indivíduos habituados aos mesmos usos, costumes e língua. 2. Estado que se governa por leis próprias), afinal, como diz um de nossos hinos, compartilhamos da mesma condição (a de presidiários) e vivemos sob nossas próprias leis (ao contrário e sem compromisso). Mas, ainda assim, seria insuficiente. A nação Presidiana, diferente do que possa aparentar, não nasceu da apologia ao álcool ou à transgressão, Ao Contrário, nasceu da alma poética de um homem que, justamente, por ver (e viver) a vida como uma eterna folia queria sim fazer apologia, não à subversão, mas à amizade, à celebração. “Presidiários Anônimos” é caricatura, é exagero, é a expressão bem humorada e descontraída da capacidade que temos de transformar um dia vazio numa grande festa. Creio ter sido este o ideal do nosso Eterno Presidente de Honra Zé Helder ao pôr, com a ajuda de seus companheiros, seu bloco na rua. E entendo ser a prova da nobreza e veracidade de tal ideal o fato de estarmos, há vinte e cinco anos, re-pondo o bloco na avenida e celebrando o que, verdadeiramente, nos re-une: a amizade e o abraço de Piedade.

por: 4362 - Aline Barra

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Homenagem ao Renato - Por Rafael Monteiro

Amigo Moreno

Montado em seu cavalo,
léguas caminha sem pestanejar.
Quantas gargalhadas da vida dura,
com sorriso nunca a deixa de encarar.

Na labuta selvagem da roça,
calos nas mãos a levantar.
Não tem medo do dia,
já a noite, é para comemorar.

Orgulho de coisas simples,
sua presença é para todos muito agradar.
Cavalgando pelo mundo,
boas histórias sempre tem a contar.

Quem conheceu lamenta a partida,
com seu cavalo outros caminhos vai encontrar.
Deixa saudades eternas, amigo Moreno,
pois “você fez lindo”, disso nunca iremos duvidar.

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